Neemias: referência e inspiração para a Igreja Metodista no Nordeste

“Assim edificamos o muro; e todo muro se fechou até a metade da sua altura, porque o povo tinha ânimo para trabalhar” (Ne 4.6)

Está nas páginas de Neemias o texto-base que inspira o tema do XVI Concílio Regional. E mais do que isso: passagens do livro serão fontes das diversas mensagens ministradas durante o Concílio. A bispa da REMNE, Marisa Ferreira, explica o porquê:

Neemias – uma inspiração

Foi avaliando os desafios gigantescos que Deus trouxe à memória o que nos podia dar esperança (Lam. 3: 20 a22). Ele é o maior interessado em que vençamos os obstáculos e caminhemos. Toda a bíblia é um relato da persistência divina em conduzir a humanidade para campos verdejantes (Sal.23). A bíblia fala deste Deus Trino, o que a faz nosso canto da Esperança. Cremos que ela é divinamente inspirada e “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeitamente habilitado para toda boa obra.” ( IITm.3:16-17).

Neste biênio (2010-2011)  Neemias é a porção da Palavra que nos relembrará que:

1-     Precisamos saber como anda a nossa gente (Ne.1 e IITm2:1 a 7);

2-     Ao saber das suas agruras, nosso coração precisa conectar-se ao Senhor e compadecer-se dos/as que estão em “Jerusalém”: terra assolada, desesperançada, abandonada (Ne.1:3);

3-     É preciso sentar, chorar, orar, jejuar e clamar pela libertação das jerusaléns  (Ne.1:4-11);

4-     Depois de orar, chorar e jejuar é preciso buscar saídas (Ne.2:1-5), ainda que para isto perca-se a comodidade (zona de conforto);       .

5-     A clareza da saída – a missão a ser cumprida – tem que mover o/a servo/a de Deus para junto do/a desolado/a. É preciso chegar bem de perto prá se ver que portas estão queimadas, quanto do muro está destruído, o que precisa ser restaurado. (Ne2:11-16);

6-     Depois disto reúne-se as lideranças e montam-se as estratégias (Ne.2:17-20 e Ne.3); 

7-     É preciso saber que nem todos/as se alegram com a restauração. Há aqueles/as que se beneficiam com o sofrimento alheio e preferem que nada se altere. Estes/as são os/as inimigos/as da missão. Ne 4:1-16;

8-     Porém é certo: a obra de reconstrução é mais importante que temer aos/as inimigos/as. Quem está em missão não tem tempo para “brigas pelo poder”. Quem está ocupado/a com a reconstrução não tem como abandonar o trabalho (Ne 4:16-23; Ne. 6);

9-     As ameaças se avolumam e são amedrontadoras. Porém, a convicção de fatos que se não vêm (Hb. 11: 1 a 6) é maior e por isto persevera-se. Famílias inteiras dispõem-se ao trabalho e constroem os muros com alegria. Ne. 4: 6; 4: 16 a 23.

10- Na obra da reconstrução o povo peca (Ne.5:1-12) e precisa reconhecer seus pecados, ser confrontado com a Palavra e arrepender-se (caps. 8 e 9);

11- E até mesmo por não conhecer a revelação de Deus em Jesus cristo, o povo de Deus pode esquecer-se da Graça e vangloriar-se na sua vocação a tal ponto que pode perder o foco missionário e embrenhar-se em um “orgulho” que o leve a desprezar os/as perdidos, ao invés de alcançá-los/as. ( Ne. 13: 23 a 24). Deus chamara este povo par ser restaurado com o propósito de que fizesse o mesmo com seus/suas semelhantes. Infelizmente Neemias não compreendeu assim e o propósito maior de Deus não foi alcançado em sua plenitude.

12- Mas graças a Deus que por misericórdia enviou o seu filho único e nele todos os povos podem alcançar a salvação – Jo 3:16;1:1 a 14; 8:12 a 59.

Marisa Ferreira – bispa da REMNE