“Este e o maior evento já feito pela RENAS”. A constatação foi feita, com entusiasmo, pelo pastor pernambucano Silvandro Fonseca, coordenador logístico do V Encontro da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) na abertura do evento na tarde de hoje em Camaragibe, região metropolitana de Recife (PE).
Débora Fahur, uma das coordenadoras da RENAS, deu as boas-vindas aos participantes oriundos de diversas regiões do Brasil. Ela destacou a presença das mulheres e desafiou a todos a conectarem-se uns com os outros e a experimentarem a comunhão cristã.
Desde ontem já era possível ver gente chegando dos mais diversos lugares como
Blumenau (SC), São Luis (MA), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). É o caso de Daniel Alves, missionário batista que mora em Blumenau. Ele coordena um projeto que leva tratamento odontológico aos mais pobres. Daniel chegou um dia antes do encontro com uma grande expectativa de conhecer outras pessoas que trabalham em parceria. “Os lideres evangélicos hoje não querem trabalhar com outros. Preferem criar seus próprios projetos, o que eles chamam de visão. No encontro da RENAS quero conhecer outros que não pensam assim”.
Transformação individual e transformação social
Orivaldo Pimentel Jr, pastor da Igreja Batista Viva, de Natal (RN), desafiou os ouvintes a entender a interface da igreja com a sociedade, porque “a igreja está o tempo todo fazendo trocas com o exterior”. Segundo ele, essa troca é mútua; “ daí o alerta um tanto quanto idealista de Paulo em Romanos 12.1-2”.
Orivaldo explicou três opções adotadas pelas igrejas evangélicas em sua relação com o mundo, e propôs uma quarta. Na primeira, a igreja só se preocupa com evangelismo, o que gera um discurso visando a transformação individual e um isolamento social.
Na segunda opção, a igreja age somente por meio da ação social, e com isso visa
apenas a transformação social e gera uma contaminação cultural. A terceira opção trata evangelismo e ação social como coisas necessárias, mas ainda assim separadas umas das outras; dessa forma, a igreja dialoga pouco com a cultura. Orivaldo propôs uma quarta opção, a qual chamou de “evangelização”, ou seja, evangelismo e ação social integrados e igualmente importantes na missão da igreja. Neste modelo, só participam os que se doam para o mundo e os que precisam de ajuda. Como efeito, a igreja recebe e dialoga criticamente com a cultura. “Só a quarta opção, da missão integralmente integral, muda a natureza missionária da igreja”, diz ele.
Orivaldo Jr. falou ainda sobre dois níveis essenciais de transformação: a individual e a social. “Não existe transformação social sem transformação individual, e nem individual sem social. A única interface capaz de gerar as duas e a evangelização integrada com a ação social”. Para ele, missão integral e “o uso da palavra e da ação para a transformação simultânea do individuo e da sociedade”.
Ele também ressaltou que a igreja local sozinha e isolada não será capaz de gerar as transformações sociais e individuais. “Os movimentos sociais há muito entenderam isso, e hoje conseguem se organizar e pressionar o planeta. As igrejas, porém, estão muito distantes disso! As experiências da RENAS e da nascente Aliança dos Evangélicos talvez possam trazer algo novo”.
Fonte: www.renas.org.br
Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está seguro.
PROVÉRBIOS 18.10